domingo, 8 de julho de 2012

23 de maio - Dia da Juventude Constitucionalista

– Data histórica de grande importância para a memória cívica de São Paulo e do Brasil

A ASSOCIAÇÃO CÍVICA, CULTURAL E HISTÓRICA DOS CAPACETES DE AÇO DE SÃO VICENTE lembra, neste dia 23 de maio de 2011, a importância da data para a memória cívica de São Paulo e do Brasil. Em 1932, quando eram ardentes os ideais patrióticos pela reconstitucionalização do País e o povo se manifestava nas ruas pela volta do Brasil ao regime democrático, posto que Getúlio Vargas ocupava ilegalmente a presidência da República, desde 1930, depois de um golpe de estado, quando havia sido derrotado pelo paulista Washington Luiz nas eleições presidenciais.
São Paulo, espezinhado nesse episódio pela deposição do paulista vitorioso nas urnas, preparou o levante que resultou na Revolução Constitucionalista de 1932 que, embora esmagada militarmente diante do poderio bélico das forças ditatoriais, resultou vitoriosa com a instalação da Assembléia Nacional Constituinte, em 1933, e com a promulgação da nova Carta Magna para o Brasil, em 1934, que devolveu ao nosso País a desejada legalidade constitucional.
23 de maio passou a ser data consagrada à Juventude Constitucionalista e ao Soldado Constitucionalista, em memória dos quatro estudantes, Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade, os quais foram mortos nessa data, num confronto com a polícia repressiva governista que resistia em armas, quando se manifestavam contra a ditadura de Getúlio Vargas, nas imediações da Praça da República e Rua Barão de Itapetininga, no centro da Capital paulista.
Três se encontravam mortos ao final do confronto, o quarto morreu em virtude dos ferimentos, algum tempo depois. Um quinto ferido, o estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, morreu cerca de três meses depois e, por este motivo, não teve seu nome associado ao movimento.
A morte dos quatro estudantes foi o estopim da revolta paulista contra o governo e a favor de uma Constituição. As iniciais dos nomes dos quatro estudantes, MMDC, passaram a ser o símbolo da revolta de São Paulo, que eclodiu no dia 9 de julho e passou para a história com o nome de Revolução Constitucionalista de 1932, aonde os combatentes lutavam pela instalação imediata da Assembléia Constituinte e acusavam Getúlio Vargas de retardar a elaboração da nova Constituição do País, almejando recuperar o poder legal conquistado nas eleições, usurpado no golpe de 1930.
O movimento MMDC mobilizou cerca de cem mil homens; a maioria era representante da classe média. Os paulistas se organizaram em frentes de combate e se posicionaram nas divisas de São Paulo com Minas Gerais, com o Paraná e no vale do Paraíba. Aguardaram em vão o apoio de outros estados. No dia 3 de outubro, as tropas paulistas se renderam diante da superioridade das forças federais.
Em São Paulo, foi construído um monumento em homenagem aos quatro estudantes. Trata-se do obelisco do Ibirapuera, projetado por Oscar Niemeyer, que serve de mausoléu para seus corpos. Pode ser avistado da avenida vinte e três de Maio, que recebeu esse nome como parte da homenagem aos heróis de 1932.
O dia 23 de maio foi fundamental para os revolucionários, porque o povo saiu às ruas, para lutar pela Constituição; por isso, nele se comemora o Dia da Juventude Constitucionalista. Nesse dia, recordam-se não só a participação dos jovens no movimento, como também os quatro estudantes vitimados pelos repressores. Em São Paulo, em 9 de julho, MMDC são especialmente honrados no Dia do Soldado Constitucionalista, festa que ocorre só nesse estado.
A ASSOCIAÇÃO CÍVICA, CULTURAL E HISTÓRICA DOS CAPACETES DE AÇO DE SÃO VICENTE, com sede administrativa à Rua Onze de Junho, nº 40 – Sala 01, em São Vicente/SP, está empenhada na preservação e reverência do histórico Movimento Constitucionalista de 1932 e concita a todos os cidadãos brasileiros, especialmente ao jovem estudante de nossa terra, a voltarem-se sempre para a necessidade fundamental de compreender a importância da luta cívica continuada pela permanência da legalidade constitucional e pela manutenção da ordem democrática que proporciona o bem estar comum em nossa Pátria, fundamento para a solução das desigualdades sociais, para a autonomia dos Estados brasileiros no regime republicano, e para o desenvolvimento e independência do Brasil.

Coronel PM Jairo Bonifacio, Presidente da Associação.

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